sábado, 10 de abril de 2010

Aprendizagem no malabarismo

Segundo Magill (2000), a forma de demonstração é a mais importante nesse processo e para dar resultado o professor tem que saber executar bem o movimento para que a pessoa que esteja aprendendo consiga formar uma idéia sobre o mesmo, por exemplo, quando vamos ensinar alguém a fazer malabarismo, primeiro temos que mostrar o produto final para que o aprendiz tenha uma noção do movimento para que ela possa compreender os movimentos juntamente com a técnica.

As pessoas aprendem de diverças maneira, umas pela audição, outras pela visão e assim por diante, no caso do malabarismo, tem pessoas que vão aprender a fazer malabarismo olhando, outras ouvindo as técnicas ou até utilizando dessas duas maneiras para poder realizar o movimento final.

Um exemplo desse trabalho de malabarismo ocorreu comigo quando estudava o 1º ano do ensino médio. Tive que aprender a fazer malabarismo na escola, na matéria de artes.

O professor entrou na sala e demonstrou como que era o malabarismo e depois passou algumas técnicas para nos ajudar a praticar os movimentos.

As técnicas eram:

1º Jogar uma bola de tênis para cima e pegar com a mesma mão sem olhar a bola durante a sua trajetória, isso com as duas mãos, uma de cada vez;

2º Com uma bola em cada mão, jogar as bolas ao mesmo tempo para cima e pegar com a mesma mão, sem olhar sua trajetória;

3º Jogar uma bolinha de uma mão para a outra sem acompanhar a sua trajetória;

4º Fazer o mesmo movimento anterior só que com duas bolas;

5º Acrescentar mais uma bola que deverá ficar no ar enquanto as outras estiverem uma em cada mão.

Após observar o professor e treinar os passos que ele passou consegui pegar a prática dos movimentos e até consegui aperfeiçoar alguns movimentos com algumas modificações.


Colocando na prática as técnicas de aprendizagem:

Recebi pedidos de alguns amigos para que eu ensinasse eles a fazerem malabarismo, pois os mesmos tinham me visto fazer e ficaram empolgados em aprender.

Utilizei do processo de aprendizagem em blocos, explicando movimento por movimento, sempre utilizando de estímulos visuais, auditivos e demonstrativos.

Durante o processo de aprendizagem percebi que algumas pessoas tinham mais facilidades na execução dos movimentos e outras mais dificuldades e descobri que a pessoa com mais facilidade tinha a mania de ficar jogando objetos para cima e pegar, ou seja, ele já tinha uma pequena vivência daquilo que eu estava passando e as pessoas que estavam com mais dificuldades não tinham tido nenhuma vivência parecida anteriormente.

Outro fato interessante é que durante esse processo tive que utilizar o processo de aprendizagem randômica, já passando como ficaria o processo final dos movimentos, pois tiveram pessoas que estava com dificuldades em algumas fazes da aprendizagem em bloco, mas quando passei o movimento por inteiro conseguiram executar, mostrando que cada ser humano tem uma forma melhor de absorver conhecimento.

Percebi também que no primeiro contato com as bolinhas as frases “eu não vou conseguir” e “é impossível fazer isso” era muito comum entre os alunos, mas com o tempo os próprios alunos percebiam que era possível.

O ritmo do Parkour

O Parkour surgiu na França e seu criador foi David Belle, que levou adiante a idéia de seu pai Raymond Belle, ele se responsabilizou pela divulgação do esporte.

O Parkour é uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápida e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante , desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto, e pode ser praticado em áreas rurais ou urbanas.

O ritmo desse esporte sofre diferenças quando praticado na zona rural ou urbana, o ritmo externo influenciando na pratica do esporte, pois na zona rural o ritmo é mais lento, socegado, bem diferente da zona urbana que tem um ritmo bem mais acelerado, ocorre essa diferença tambem pelo ambiente em si, pois na zona rural temos mais espaço e há diferença referente aos obstáculos, pois na zona urbana temos muros, escadarias, corrimões, ja na zona rural o que o praticante vai emfrentar tem mais a ver com a natureza, arvores, pedras, galhos. Tudo isso acaba mudando o ritmo que o praticante ira realizar seus movimentos, pois os estimulos externos servem como base da velocidade dos movimentos, ou seja, na zona urbana o ritmo irá ser mais intenso do que na zona rural.

O desenvolvimento infantil e a Educação Física

O esporte é um forte aliado no desenvolvimento da criança, para enfrentar a vida, pois a partir dele são desenvolvidos alguns de seus sentidos como, por exemplo, saber que nem sempre vai ser do jeito que ela quer, que a vida tem seus altos e baixos e ela vai ter que aprender a conviver com tudo isso. A criança começa a aprender que a partir de seus esforços vai conseguir conquistar o que deseja sem esquecer-se das regras da vida e se não respeitá-las poderá trazer alguns prejuízos, por exemplo, ela prejudicar outra pessoa para conseguir o que ela quer. Como afirma BRACHT quando cita “(...) o esporte educa porque ensina a criança a conviver com a vitória e a derrota, ensina a respeitar as regras do jogo, ensina a vencer através do seu esforço pessoal.” (BRACHT, 1986. P.64)

BRACHT (1986. P.62) afirma que “(...) a Educação Física atua sobre os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo“, ou seja, desenvolve os movimentos que a criança faz com os membros do corpo, como mexer os braços, as pernas, etc.; a parte cognitiva, melhorando o poder de memorização da criança e na parte afetiva, pois terá o contato com o próximo e saberá a interagir e respeitar seus limites.

O movimento é fundamental no processo de crescimento, maturação e desenvolvimento da criança e a relação disso com a Educação Física é que a todo momento a criança é ativa e receptiva para o aprendizado.